sexta-feira, 23 de maio de 2014

FIDELITY VERSUS INTELLIGIBILITY

Which is the good way?




Chris Watson, ex-Cabaret Voltaire records a soundscape


There are two main concepts of sound recording. One is fidelity, or "phonographic" recording, where the aim is to reproduce  an event with greatest fidelity, with all its components, like direct sound, undirect sound, reverberation and all natural sounds inside the space. It's the approach of recording an orchestra or a soundscape.




There is also the "telephonic" one, where voice perception is the most important feature. That's why phone's microphones loose a lot of gain with the distance.




The fidelity approach doesn't neglect any aspect of sound, wanting it as real as possible, whereas the intelligible one assumes a specific sound hierarchy, where some sounds are expendable.

Both have strong arguments and correspond to two different sound schools.

This creates an ambiguity between the point of view (POV) and the point of audition (POA), being the POV linked to the "telephonic" approach and the POA to the "phonographic" one.

In the cinema business, some use the principle of narrative priority, so what is said has to be perfectly heard, despite the actor has his back turned on us, or is too far to be heard.
 The narrator, is a figure created with a POV approach. It's the "invisible observer" and "telephonic" approach rules. None or very little reverb, intelligibility above all. The same happens in advertising.


The "telephonic" voice, a must in all commercials


The great difference between the two approaches is the value given to the ambience and to the space into which the scene takes place.

We have to be very careful not to destroy the sound perspective and the fidelity of our recording, just because all the words have to be understood. In a natural environment, we usually loose some words but, provided we don't loose the meaning of the sentence, it might be worth it to gain some natural feeling.

Ref: "Fidelity versus Intelligibility" by James Lastra/ The Sound Studies Reader, edited by James Sterne pages 248-253


FIDELIDADE VS INTELIGIBILIDADE

Qual é o bom método?



Chris Watson, ex-Cabaret Voltaire grava uma soundscape


Há dois conceitos básicos de gravação de som. Um é a fidelidade, ou gravação "fonográfica" , em que o objectivo é reproduzir  um acontecimento com a maior fidelidade, com todos os seus componentes, como o som directo, reverberação e e todos os sons naturais dentro do espaço. É a aproximação ideal à gravação de uma orquestra ou de uma paisagem sonora.



Gravação de um orquestra


Há também a gravação "telefónica", onde a percepção da voz é o aspecto mais importante. É por isso que os microfones dos telefones estão desenhados para perder muito ganho com a distância.





A aproximação fonográfica não despreza nenhum aspecto do som, querendo-o o mais real possível, enquanto que a telefónica assume uma hierarquia sonora particular com destaque para a voz, e onde os outros sons são dispensáveis.


Ambos têm argumentos fortes e correspondem a diferentes escolas de som.


Isto cria uma ambiguidade entre o ponto de vista  (POV) e o ponto de audição (POA), sendo o  POV ligado à aproximação "telefónica" e o POA à"fonográfica".


No cinema, alguns usam o princípio da prioridade do narrador, por isso, tudo o que ele diz tem de ser perfeitamente percebido, mesmo se o actor tem as costas voltadas para nós, ou está demasiado longe para ser ouvido. 

O Narrador é uma figura criada com a aproximação POV. É o "observador invisível" e imperam as regras da escola telefónica. Sem ou muito pouco reverb, inteligibilidade acima de tudo. Tal como na publicidade, onde tudo tem de ser percebido e todos os personagens são narradores.


A voz "telefónica", base de todos os anúncios


A grande diferença entre as duas é o valor dado ao ambiente e ao espaço onde a cena acontece .



Temos de ser especialmente cautelosos em não destruir o ponto de equilíbrio entre estas duas perspectivas, e não sacrificar o som envolvente só porque as palavras têm de ser percebidas. Na vida real, às vezes perdemos algumas palavras mas, desde que não percamos o significado das frases, poderá valer esse sacrifício para se ganhar alguma naturalidade e fidelidade.

Ref: "Fidelity versus Intelligibility" by James Lastra/ The Sound Studies Reader, edited by James Sterne pages 248-253

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