HOW CAN A TECHNOLOGICAL REGRESSION DEPLOY A REVOLUTION?
The Sony Walkman
In our case, it would rather be " One step back, two steps forward".
We were in the very beginning of the eighties, on the spring of 1980. They were called the years of autonomy, anyone could see a film at home, thanks to the home video cassette recorder. Music had already some autonomy since the sixties .
The Pihlips Cassette Recorder, Rec buton on the left, play, fast forward and backward in the middle and vu on the right |
In fact, the audio cassette tape recorder existed for quite some time ( Philips, 1963 ) and the new Walkman from Sony was less than this, just a cassette tape player which couldn't record and had no speaker. But it could fit in your pocket and could be taken anywhere.
Musica Mobilis, as Shuhei Hosokawa describes it, was born.
Lots of angry voices stood up against this invention: "their users were loosing contact with reality", "it was bad for the relations between people". Almost a "Lonely Crowd", after David Reisman's definition.
Humberto Eco called those voices "cultural moralists that can't adapt to any change".
The Walkman is the "minimum, mobile and intelligent unit for music listening" said Robert Fripp.
Thanks to miniaturisation, music can be taken everywhere, allowing for greater autonomy in listening. But it also something very important :not having to endure a gradually noisier environment.
This liberty to not to hear what we don't want to and to listen to our favourite songs wherever we are was a great revolution.
I believe that the new generations, who were born with ipods, smartphones and portable music everywhere, will hardly understand the effect of the Sony Walkman in our lives. But we all changed with it.
Over 200 million units were sold. One was mine, of course. :-)
Ref: "Sound Studies Reader", edited by Jonathan Sterne-" The Walkman effect" Shuhei Hosokawa, pages 104-166
COMO É QUE UMA REGRESSÃO TECNOLÓGICA PODE PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO?
O Sony Walkman
No nosso caso, será mais " Um passo atrás, dois passos adiante".
Estávamos nos inícios dos anos oitenta, mais concretamente na primavera de 1980. Os oitenta foram chamados os anos da autonomia, qualquer um de nós passou a poder ver um filme em casa, graças ao gravador de vídeo caseiro. Mas a música já tinha ganho alguma autonomia desde os anos sessenta.
O gravador de cassettes Pihlips, botão de Rec à esquerda, play, fast forward e backward ao meio e vuímetro à direita |
De facto, o gravador de cassettes já existia desde há algum tempo ( Philips, 1963 ) e este novo Walkman Sony era menos que isso, apenas um reprodutor de cassettes que não gravava e que não tinha altifalantes. Mas cabia no nosso bolso e podia ser levado para todo o lado.
Musica Mobilis, como Shuhei Hosokawa a descreveu, tinha nascido.
Muitas vozes zangadas se levantaram contra esta invenção: "os seus utilizadores iriam perder o contacto com a realidade, era prejudicial às relações entre as pessoas". Quase uma "Multidão Solitária", de acordo com a definição de David Reisman.
Humberto Eco chamou a estas vozes "moralistas culturais que não se conseguem adaptar a nenhum tipo de mudança".
O Walkman é a "mínima, móvel e inteligente unidade para se ouvir música", afirmou Robert Fripp.
Graças à miniaturização, a música pode ser levada para todo o lado, permitindo uma muito maior mobilidade na audição de música. Mas o walkman trouxe algo mais: ajudou-nos a não ter de ouvir um ambiente sonoro urbano cada vez mais ruidoso.
Esta liberdade para não termos de ouvir o que não queremos, ao mesmo tempo que podemos escutar a nossa música favorita, foi a grande revolução.
Compreendo que as novas gerações, que nasceram rodeadas de iPods, smartphones e música portátil a todo o momento, tenham dificuldade em perceber o efeito que o Sony Walkman provocou nas nossas vidas. Mas todos mudámos com ele. Ao todo, foram vendidas mais de 200 milhões de unidades. Um era meu, claro. :-)
Ref: "Sound Studies Reader", compilado por Jonathan Sterne-" The Walkman effect" Shuhei Hosokawa, pags 104-166
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