segunda-feira, 29 de setembro de 2014

THE NUMBER 8


Why do most of the popular compositions have 8 bars?


The human brain wasn't born to count bars. Most people don't even know how to do it. But, from the early days of the classical period of music, the 8 bar rule is almost never broken.

The Rondo A la Turca from W. A. Mozart is a good example. It's a sequence of simple melodies that change every 8 bars.




Another example, two centuries later, "Summertime", by George Gershwin, is the same.




Metallica, Dylan, Queen, Springsteen, U2, you name it, all popular songwriters create 8 bar melodies. All but the "Blues" that use 12 bars.

But music is also made of surprises and it takes a special talent to break the rules and our expectations. And when we hear something we don't expect, we gain interest.

One exception is one of the most played songs ever: "Yesterday" by Lennon and Mcartney.

Its melody has only 7 bars. Still it feels so familiar, we almost don't notice it because we've heard it hundreds of times. Just check it out:




Cool, isn't it?

O NÚMERO 8

Porque é que todas as canções populares têm 8 compassos?


O nosso cérebro não nasceu para contar compassos. A maioria das pessoas nem sequer sabe como fazê-lo. Mas, desde os primórdios do período clássico da música, a regra dos 8 compassos quase nunca foi quebrada.

O "Rondo Alla Turca" de W. A. Mozart pode servir de exemplo. É uma sequência de melodias simples que mudam a cada 8 compassos.




Com o "Summertime", 2 séculos depois, de George Gershwin, acontece o mesmo.




Metallica, Dylan, Queen, Springsteen, U2, enfim, todas as bandas e compositores populares,  criam melodias com 8 compassos. Os "Blues" não entram nesta lista porque têm todos 12 compassos.


Mas a música também é feita de surpresas e é preciso um talento extraordinário para se quebrarem as regras com sucesso. E quando ouvimos algo que não estamos à espera, aguça o nosso interesse.

E uma excepção é uma das canções mais tocadas de sempre: "Yesterday" de Lennon e Mcartney.

A sua melodia só tem 7 compassos. Mesmo assim parece tão familiar, nós mal damos por isso porque já a ouvimos centenas de vezes.  Provavelmente é esta pequena diferença que fez dela um Hit gigantesco e intemporal. Verifiquem vocês:




Fixe, não é?

sábado, 27 de setembro de 2014

Ten thousand viewers in less than a year!


I started this blog almost one year ago.

When I decided to go for it, I didn't know if I would be able to create enough content to keep it rolling, whether I would have time for it, or if people would pay attention to what I wanted to write about.

My friends told me: "Don't start one, if you feel you can't commit."

The outcome surprised me. After a shy start, The Sound Adventure went out of my country's frontiers and started spreading slowly through the sound community.

4 925 came from Portugal, 2 523 from the US, 517 from Germany, 361 from Brazil, 261 from India, 231 from Russia, 126 from Thailand, 96 from Ukraine, 85 from the UK and 84 from France, those are the Blogger's statistics.

That's, essentially, what I was interested in. 

I built  bonds with some of the more interesting researchers throughout the World. People like Bernie Krause, Simon Forrester, Marc Anderson, my friend Julian Treasure, George Prochnick, David Lefty, David Hendy, Priscilla Laud, Sushei Hosokawa, James Lastra, Roger T. Clarke, Trevor Cox, David Toop, Daniel J. Levitin and many others inspired my thoughts and I hope I was able to properly deliver their remarkable work to you.

I started a Facebook page, also called the Sound Adventure. Some of my friends and others felt like posting interesting stuff by themselves. It was really wonderful!

My aim is to go on forward, with your support as readers, my main motivation, sharing our common passion for sound and music.

Thank you very much for being around, clicking and spreading the word.

Manuel Faria


Dez mil visitas em menos de um ano


Comecei este blog há menos de um ano.

Quando tudo aconteceu, eu não sabia se iria conseguir criar conteúdos suficientes para o mater activo, se teria tempo para isso, ou se as pessoas se iriam interessar por aquilo que eu queria escrever.

O resultado surpreendeu-me. Depois de um começo tímido, The Sound Adventure saiu das fronteiras do meu País e começou a espalhar-se lentamente pela comunidade do som.

4 925 foram de Portugal, 2 523 do Estados Unidos, 517 da Alemanha, 361 do Brasil, 261 da Índia, 231 da Rússia, 126 da Tailândia, 96 da Ucrânia, 85 do Reunio Unido e 84 da França, são as estatísticas do Blogger.

Isto era, basicamente, o que eu desejava .Criei laços com alguns dos mais interessantes investigadores na área sonora em todo o Mundo. Pessoas como Bernie Krause, Simon Forrester, Marc Anderson, my friend Julian Treasure, George Prochnick, David Lefty, David Hendy, Priscilla Laud, Sushei Hosokawa, James Lastra, Roger T. Clarke, Trevor Cox, David Toop, Daniel J. Levitin inspiraram a minha escrita e espero ter trazido com êxito o seu trabalho até vocês.

Entretanto, criei uma página de Facebook, também chamada The Sound Adventure, onde amigos meus e outras pessoas se sentiram com vontade de colocar coisas interessantes também. Foi fantástico!

A minha intenção é continuar em frente, com o vosso apoio como leitores, meu estímulo principal, partilhando a nossa paixão comum pelo som e pela música.

Manuel Faria

Muito obrigado a todos por estarem por aí, clicando e espalhando a palavra.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A LITTLE ABOUT THE HISTORY OF SOUND RECORDING

Part 1



The first idea of recording sound did not happen in the early XX century. Actually, it was back in the XVI century that someone thought about this. Giovanni Batista della Porta thought about sealing sounds in lead pipes so that they could be preserved to be opened later.

Giovanni Batista della Porta 

It didn't happen, of course, so sound remains something totally ephemeral which cannot be captured until the year of 1860, when Édouard-Léon Scott de Martinville invented the Phonoautograph, where he "printed" the sound waves of a woman singing "Au Clair de Lune". It had to wait until 2008, when scientists converted the visual waves into digital audio.

The Phonoautograph


The visual sound waves on the phonoautograph

In 1877, Thomas Edison invented a recording and playback machine. And everything changed.

Thomas Edison at his Phonograph

Sound could, finally, be captured, preserved and played back again and again.

Some homes had a phonograph but it was mostly used to record and playback the voices and sounds of the owners' family. Nobody was thinking about recording music.

Musicians like Bartók and Kódaly used the phonograph to record traditional songs in the Hungarian countryside, which would influence their compositions afterwards.

There was a business rising from this new technology. When it became possible to duplicate the original recordings, companies where created to explore this new Eldorado.

In 1904, a record by Enrico Caruso sold 1 million copies!

A Caruso record


The recording industry was born!

Ref: David Hendy "Noise, a Human History of Sound & Listening, pages 254-261

( To be continued)

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA GRAVAÇÃO SONORA

Parte 1



A primeira ideia conhecida para gravar sons não aconteceu no princípio do século XX. Na verdade, foi no século XVI que alguém pensou nisto. Giovanni Batista della Porta fantasiou acerca de selar sons dentro de tubos de chumbo de forma a que pudessem ser preservados e ouvidos mais tarde.

Giovanni Batista della Porta

Não conseguiu, claro, e por isso, o som manteve-se algo completamente efémero e que não pode ser capturado até 1860, quando o tipógrafo Édouard-Léon Scott de Martinville inventou o Phonoautograph, onde "imprimiu" as ondas sonoras de uma mulher cantando "Au Clair de Lune". A "gravação" teve de esperar até  2008, quando cientistas converteram as ondas visuais em audio digital.

O Phonoautograph

Ondas sonoras visuais no phonoautograph

Em 1877, Thomas Edison inventou uma máquina que gravava e reproduzia som. O Fonógrafo. E tudo mudou.

Thomas Edison e o seu Fonógrafo


O som podia, finalmente, ser capturado, preservado e tocado uma e outra vez.

Algumas casa possuíam um fonógrafo, mas era usado sobretudo para gravar e reproduzir as vozes e os sons da família dos seus donos. Ninguém pensava em gravar música.

Músicos como Bartók e Kódaly usaram o fonógrafo para gravar músicas e canções tradicionais Húngaras, que iriam, mais tarde, influenciar as suas composições.

Havia algum negócio a florescer com esta tecnologia. Quando começou a sr possível duplicar as gravações, criaram-se companhias para explorar este novo Eldorado.

E em 1904, uma gravação de Enrico Caruso vendeu um milhão de cópias! 

Uma gravação de Caruso


A indústria discográfica tinha nascido!

Ref: David Hendy "Noise, a Human History of Sound & Listening, pags 254-261

(Continua)

sábado, 13 de setembro de 2014

SSHHH!

About silence and politeness in the classic music hall


The dress code shows the pedigree of the audience
There's something common to all music cultures around the World: music is enjoyed by cheering, singing along, crying, dancing, taping your foot or shaking your head.

It's a natural human reaction of participation and a way to fully enjoy it.

It has been so since music is known, even in classical performances. Music concerts were often held in restaurants, where people talked and made noise, while listening (or sort of) to the music being played.

In 1781, Mozart wrote a letter to his father where he rejoiced about the screams of "Bravo" during his performance.

Young Mozart playing Clavichord in a concert

People would enter or leave the room at their discretion, talk, and show how moved they were in a free way.

Silence would obviously mean rejection and indifference.

In the the XIX century things began to change. A new way of listening came to place: listening with worshipful silence.

There's a lot to be said about this. 

At first it was a form of class discrimination. Less "educated" persons wouldn't be able to behave like that. They didn't have "class".

What class, exactly? Usually, the aristocrats loved to be seen at concert halls, but couldn't care less about the music being played, so they sat in the boxes, talking. Sometimes, in the upper boxes, prostitutes came along and did their jobs.

The ambient in a concert box in the XIX century

So, it was more a middle-class thing. A new bourgeois elite was rising, helped by the Victorian winds.
Those people had class!

They mastered the art of listening in absolute silence, so that the purity of the performance could be heard.

The massive explosion and rapture at the end of a good performance is mostly explained by the effort  of the audience to suppress their most basic human instincts.

Some orchestras, like the New York Philharmonic in 1957, tried to educate the audiences in what they called "musical good manners". It was a tough job!

Today, in some concert halls, people are almost afraid of breathing. They have a dress code that shows their pedigree. They cough between the movements, to let go some pressure. They restrain from giving an applause at the end, until the experts on the piece being played show it's time to do it. There is also a body language mastered by most conductors and performers that says: " Yes, I finished, you may applaud".

Valery Gergiev, one of today's finest conductors
I witnessed, in 1976, in a concert organized by the Portuguese Communist Party, how a completely uneducated workers' audience received a brilliant Polish lady playing Chopin piano Etudes op.10. They cheered along, giving noisy clapping of applause on the most exuberant parts. The pianist was very disturbed but the audience was loving it. They didn't have manners, of course. The whole scene was natural and pure, in my opinion.

The typical rock concert audience. Imagine if they all were still and silent
Today, in some halls, like the royal Albert Hall in London or the Carnegie Hall in NYC, young music lovers brought a much more relaxed atitude towards the modern classical concert. I hope that the future will confirm that.

Ref: David Hendy "A Human History of Sound & Listening" pages 232-241

CHIIIUUUU!

Acerca do silêncio e das boas maneiras na sala de concertos de música clássica


O rigor do vestuário mostra o pedigree do púlico

Há alguma coisa comum a todas as culturas musicais do Mundo: a música é apreciada aplaudindo, cantando, chorando, gritando, dançando, batendo o pé ou, apenas, abanando a cabeça.

É a reação natural de participação e o caminho para a apreciarmos na totalidade.

Isto tem sido assim, desde que a música é conhecida, mesmo nas actuações de música clássica. Os concertos de música aconteciam, muitas vezes, nos restaurantes, onde as pessoas falavam e faziam ruído, enquanto escutavam (ou qualquer coisa parecida) a música que estava a ser tocada.

Em 1781, Mozart escreveu uma carta ao seu pai, onde se regozijava pelos gritos de  "Bravo" durante a sua execução.

O jovem Mozart tocando clavicórdio num concerto

As pessoas entravam ou saíam da sala à sua vontade, falavam e demonstravam as suas emoções de uma forma livre.

O silêncio queria dizer rejeição e indiferença.

Mas no século XIX as coisas começaram a mudar. Uma nova foram de escutar apareceu: escutar com um silêncio sagrado.

Há muito a dizer acerca disto. 

Em primeiro lugar, foi uma forma de discriminação social. As pessoas menos "educadas" não conseguiam comportar-se desta maneira. Não tinham"classe".

Qual classe, exactamente? Normalmente, os nobres e aristocratas gostavam de ser vistos nas salas de concertos mas não ligavam nenhuma à música que estava sendo executada. Assim, ficavam nos camarotes, conversando. Algumas vezes, nos camarotes superiores, algumas prostitutas faziam o seu trabalho.

O ambiente típico num camarote no século XIX
Por isso, era muito mais uma coisa da classe média. Uma nova elite burguesa desabrochava, impelida pelos ventos Vitorianos.
Esta gente tinha classe!

Eles dominavam a arte de escutar em absoluta imobilidade e silêncio, de forma a que a pureza da execução fosse ouvida.

A explosão maciça e o arrebatamento no final de um bom espectáculo é mais fácil de explicar pelo esforço que o público faz em suprimir os mais básicos instintos humanos.

Algumas orquestras, como a New York Philharmonic, em 1857, tentaram educar o público para aquilo a que chamavam  "boas maneiras musicais". E era um trabalho difícil!

Hoje, nalgumas salas de concerto, as pessoas quase têm medo de respirar. Vestem a rigor, afirmando o seu pedigree. Tossem entre os andamentos, sobretudo para deixar sair alguma tensão. Evitam aplaudir logo no final, até que especialistas na peça que está a ser tocada o façam, dando sinal aos outros. Criou-se também uma linguagem corporal, dominada pela maioria dos maestros e solistas que quer dizer: " Sim, já acabei, podem aplaudir".

Valery Gergiev, um dos melhores maestros da actualidade
Assisti, em 1976, a um concerto organizado pelo Partido Comunista Português na 1ª Festa do "Avante!", em que um público totalmente composto por trabalhadores, recebeu uma brilhante pianista Polaca interpretando os Estudos de Chopin, op.10. Aplaudiam durante a peça, batendo palmas ruidosamente nas partes mais vistosas. A pianista estava bastante perturbada, mas o público estava a adorar. Não tinham maneiras, claro. Toda a cena foi natural e pura, na minha opinião.

Típica assistência de um concerto de rock. Imaginem se estivem todos quietos e calados.

Hoje, em salas como o Royal Albert Hall em Londres ou o Carnegie Hall em NYC, uma legião de jovens amantes de música trouxe uma forma muito mais descontraída de assistir a concertos clássicos. Espero que o futuro confirme esta tendência.

Ref: David Hendy "A Human History of Sound & Listening" pags 232-241






domingo, 7 de setembro de 2014

THE SOUND BARRIER

Flying at Mach 1


One F-18 braking the sound barrier

Why is the speed of jet planes measured in Mach, rather than kilometers or miles per hour?

Slow airplanes like a small Cessna 172, fly at a cruise speed of 110 Knots (1 Knot = 1 nautical mile per hour = 1.825 Km/h).

At that speed, the air can be treated as an incompressible fluid and there's nothing to worry about shock waves troubling the normal flow trough the wings.

But things get quite different, as the aircraft reaches the speed of sound,. The behavior of the airflow changes dramatically as the plane gains speed.

Several pilots died trying to brake the sound barrier and planes were destroyed. The first pilot to brake it was Chuck Yeager in a Bell X-1. It was the year of 1947.

Yeager's Bell X-1 being launched from a B-29

But the speed of sound is not the same everywhere in the atmosphere. It depends a lot on its density, which depends on its temperature and pressure. For example, the speed of sound waves at sea level, at 15º Celsius and 1013 HPa is 1225 Km/h or 661 Knots. At an atitude of 40.000 feet ( 12.1 Km ) with a temperature of -56.6ºC, the speed of sound is just 1062 Km/h or 573 Knots.

For the flight safety, it's much more important for pilots to know how the air will behave with the airframe at the relative speed they're traveling, than the ground speed they're doing.

So, the Mach Number was created. 

It measures the ratio between the relative speed of a moving object to the speed of sound in the medium. As it's a ratio of two equal units, it has no units.

That's the reason why we say Mach 0.9 and not 0.9 Machs.

The Mach number was named after an Austrian scientist Ernst Mach who studied the shock waves.

Every cockpit has, at least, one Machmeter.

The Concorde's Machmeter reading more than Mach 1.83
A commercial airplane like the Airbus A380 has a cruise speed around Mach 0.85, while the brand new business jet Cessna Citation X+ tops Mach 0.93.

The Cessna Citation X+

There are supersonic airplanes flying at over Mach 1. The Concorde flew at Mach 2.04. Most fighters like the F-18 Super Hornet fly between Mach 1.5 and Mach 2.

An there is also hypersonic flight, like the reentry flight of the space shuttle, flying at around Mach 25!

The Space Shuttle reentering the atmosphere at Mach 25


Some people believe that hypersonic flight will be a reality in a few years when passengers will fly at Mach 3 or Mach 4. The Sonic Star is one of these projects. Cool!

The Sonic Star project


A BARREIRA DO SOM

Voando a Mach 1


Um F-18 quebrando a barreira do som

Porque é que a velocidade dos jactos modernos é medida em Mach, em vez de quilómetros ou milhas por hora?

Aviões mais lentos como o pequeno Cessna 172, voam a uma velocidade de cruzeiro de 110 Nós (1 Nó = 1 milha náutica por hora = 1,825 Km/h).

A essa velocidade, o ar pode ser tratado como um fluido incompressível e não há nada a temer em relação ao que as ondas de choque possam fazer ao fluxo normal do ar nas superfícies da aeronave.

Mas, à medida que o avião se aproxima da velocidade do som, as coisas mudam de figura. O comportamento do fluxo de ar muda dramaticamente à medida que o aparelho ganha velocidade.

Vários pilotos morreram a tentar quebrar o muro do som e muitos aparelhos foram destruídos. O primeiro piloto a quebrá-la foi Chuck Yeager num Bell X-1. Estávamos no ano de 1947.

O Bell X-1 de Chuck Yeager sendo lançado de um B-29

A velocidade do som não é a mesma em toda a atmosfera. Depende da densidade do ar, que por sua vez, depende da sua temperatura e pressão. Por exemplo, a velocidade das ondas sonoras, ao nível do mar, a 15º Celsius e 1013 HPa é de 1225 Km/h ou 661 Nós. A 40.000 pés de altitude ( 12.1 Km ) com uma temperatura de -56.6ºC, essa velocidade reduz-se para 1062 Km/h ou 573 Nós.

Para a segurança do voo é vital para os pilotos saberem com o ar se irá comportar com a fuselagem à velocidade que estão viajando, muito mais importante do que a informação da velocidade em relação ao solo.

Por isso, foi criado o Número de Mach. 

Ele mede a razão entre a velocidade relativa de um objecto em movimento com a velocidade do som nesse meio. Como é uma razão entre duas unidades iguais, não tem unidades.

É por esta razão que nós dizemos Mach 0.9 e não 0.9 Machs.

O Número de Mach deve o seu nome ao físico Austríaco Ernst Mach que estudou, entre outras coisas, as ondas de choque.

O Machímetro, presente em todos os cockpits é vital para a segurança de voo. 

O Machímetro do Concorde marcando mais de Mach 1.83
Um avião comercial como o Airbus A380 voa a uma velocidade de cruzeiro de cerca Mach 0.85, enquanto o novíssimo jacto executivo Cessna Citation X+ chega a Mach 0.93.

O Citation X+


Os aviões supersónicos voam a mais de Mach 1. O Concorde voava Mach 2.04. A maioria dos caças como o  F-18 Hornet deslocam-se entre Mach 1.5 e Mach 2.

Também existe o voo hipersónico, como a reentrada na atmosfera do Space Shuttle, a velocidades próximas de Mach 25.

O Space Shuttle a reentrar na atmosfera a Mach 25


Várias pessoas acreditam que, dentro de uns anos, o voo hipersónico comercial será uma realidade, com passageiros viajando entre Mach 3 e Mach 4. O Sonic Star é um destes projectos.

O projecto Sonic Star