quarta-feira, 23 de julho de 2014

WHAT? I CAN'T HEAR YOU! SPEAK LOUDER!

Why do we have to shout in some restaurants and bars?




There's this place where food is great, the waiters are are kind, prices are attractive but...it's so noisy, when full, that it's unbearable to be there.

Have you ever experienced this? So did I. Actually, quite often.

Room acoustics play a very important role on this. Walls covered with tiles are easier to clean and a hard floor is good for hygiene. Big windows help the light going in and a hard ceiling is cheaper than an acoustic one. This is the ideal recipe for reflections and resonance.



Costumers start talking. The sound of our voices bangs everywhere and bounces back to the other tables. Plates and cutlery blend in and the silence is gone for good.

What do we do?

We speak louder. 

What happens?

The noise floor rises even more.

This is called the Lombard effect.

Etienne Lombard, otolaryngologist and surgeon, studied this effect in 1911 and this type of speech is called the Lombard Speech.

Later, W. Summers (1988) and Jean-Claude Junqua (1991) demonstrated that we do a lot more than raise our voice.

We also alter the duration and intensity of our vowels and their formant frequencies. We do this unconsciously in an effort to be heard over the noise floor.

The Lombard Effect in two vowels*


But doing so, we are making our contribution to worsen the already crazy sound cocktail in the room.

The solution would be to convince everybody to speak softly but it's proven that the volume will rise, steadily, until it reaches the maximum, again.

*Ref: Priscilla Lau, "The Lombard Effect as a Communicative Phenomenon", UC Berkley

O QUÊ? NÃO TE CONSIGO OUVIR! FALA MAIS ALTO!

Porque é que temos de gritar em certos restaurantes e bares?




Conheço um lugar onde a comida é deliciosa, os empregados são simpáticos, os preços atraentes mas...é tão barulhento, quando está cheio, que é insuportável.

Já passaram por isto? Também eu. De facto, muitas vezes.

A acústica da sala tem um papel importante nisto. Paredes forradas a azulejos são mais fáceis de limpar e um chão de pedra é bom para a higiene. Grandes janelas deixam entrar mais luz e um tecto de cimento e estuque é mais barato que um tecto falso acústico. Isto é a receita ideal para reflexões e ressonância sonoras.



As pessoas vão entrando e vão falando. O som das nossas vozes bate em todo o lado e salta de volta para outras mesas. Pratos e talheres entram no jogo e o silêncio desaparece para sempre.

E nós, que fazemos?

Falamos mais alto. 

E o que aocntece?

O ruído ambiente sobe ainda mais.

Este efeito é conhecido como o efeito de Lombard.

Etienne Lombard, otorrinolaringologista e cirurgião, estudou este fenómeno em 1911 e o tipo de vocalização associado chama-se a fala Lombard.

Anos mais tarde, W. Summers (1988) e Jean-Claude Junqua (1991) demonstraram que fazemos muito mais do que só subir o volume da nossa voz.

Também alteramos a duração e a intensidade das nossas vogais e as suas frequências formantes. Fazemo-lo num esforço inconsciente para sermos ouvidos.

O efeito de Lombard em duas vogais*


Mas, quando fazemos isso, estamos a contribuir para agravar o absurdo cocktail sonoro da sala.

A solução seria convencer toda a gente a falar baixo mas, está provado que o som vai subindo, pouco a pouco, até atingir de novo o nível anterior.

Ref: Priscilla Lau, "The Lombard Effect as a Communicative Phenomenon", UC Berkley

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