ENTRAINMENT AND MUSIC IN PUBLIC SPACES
Every public space has its own soundscape.
There are the sounds made by the people visiting the space, from people
working there, machines, outside traffic and other ambient sounds.
Often, music is added to it. Most often, the wrong music.
What’s the effect of music?
One is entrainment.
There are several studies about entrainment, the effect of
musical rhythm on heart-beat and human behavior.
In restaurants, it has been proved that we spend more time
at the table if we listen to soft, slow music. And spend more money.
In a study performed by Fairfield University, it was shown
that the bite-rate per minute raised by one third, when people were exposed to
louder, faster music. (From average 3.83 bites to 4.4). 1
Loudness in restaurants is the second most frequent complaint, according to Zagat.
It became such a problem that the San Francisco Chronicle categorized
restaurants according to the average loudness. One bell would mean less than
65dBALeq, up to 4 bells or 1 bomb, when it reaches more than 80dBALeq. Recently, the rating had to be increased to 2
bombs and there are few restaurants with less than 4 bells. 2
Who chooses the kind of music to be played in a retail
store? In which basis? How loud? With what purpose?
If you own a retail store and you don’t know the answers to
these questions, please stay foot, don’t do nothing.
Wrong music, forced into your customers ears will drive them
away for good. Believe me.
(To be continued)
1 “In pursuit of Silence” George Prochnik page
100
2 “In pursuit of Silence” George Prochnik page 99
“ARRASTAMENTO” E MÚSICA EM ESPAÇOS PÚBLICOS
Qualquer espaço público tem a sua própria paisagem sonora.
São os sons criados pelas pessoas que o visitam, que lá
trabalham, máquinas, trânsito lá fora e outros sons ambientes.
Por vezes, é adicionada música a essa paisagem. Muitas
vezes, a música errada.
Qual é o efeito da música?
Um deles é o “entrainment”, um fenómeno cuja melhor tradução
que encontrei é arrastamento.
Há vários estudos sobre o arrastamento, que é, em termos simples, o efeito que o
ritmo de uma música provoca na nossa pulsação e no nosso comportamento.
Nos restaurantes, por exemplo, foi provado que nós
demoramo-nos mais tempo à mesa quando ouvimos música e suave e lenta. E gastamos mais, claro.
Num estudo realizado pela Universidade de Fairfield, foi demonstrado que a taxa de
dentadas por minuto aumenta cerca de um terço, quando as pessoas estão expostas a uma música mais rápida e mais alta. (De cerca de 3.83 dentadas para 4.4)1.
De acordo com a empresa Zagat, o volume de som nos restaurantes é a segunda mais frequente reclamação dos clientes.
Tornou-se um
problema tão grave que o San Francisco
Chronicle passou a classificar os restaurantes de acordo com o seu ruído. Um
sino significa menos de 60dBALeq, até 4 sinos ou um bomba, quando
excede os 80dBALeq. Agora, o topo da classificação teve de ser
aumentado para 2 bombas and tem diminuido o número de restaurantes com menos de
4 sinos2.
Quem é que escolhe o tipo de música a ser tocado num espaço
público? A que volume? Em que baseia a escolha? Com que objectivo?
Se você dirige uma loja ou outro espaço e não sabe as
respostas a estas perguntas, por favor, não faça nada.
A música errada, forçada a entrar nos ouvidos dos seus
consumidores irá enxotá-los para longe. Acredite.
(Continua)
1 “In pursuit of Silence” George Prochnik pag.
100
2 “In pursuit of Silence” George Prochnik pag. 99