sábado, 20 de dezembro de 2014

CYMATICS


The image of sound





When you toss a stone at the surface of a pond of water you can see the waves created by he disturbance of he original balance.




In the same way, if you generate a sound at a certain frequency, you can visualize the waves created by its vibration on the surface of a liquid. You are seeing sound!




Lots of experiments were made, inspired by this possibility. One of them is the Rubens tube, we talked about long ago.

Other drawings can be made with powder like salt or in a hard surface, which behaves like swarf in an electromagnetic field.

There are many ways to create cymatic performances. This video, created by Nigel Stanford is very impressive. Not only the visuals are great, so is the music.

Enjoy.





CIMÁTICA


A imagem do som



Quando atiramos uma pedra contra a superfície de um lago, podemos ver as ondas criadas pela sua perturbação.




Da mesma forma, se gerarmos um som de uma determinada frequência sobre a superfície de um líquido, poderemos visualizar as ondas provocadas pela sua vibração na sua superfície. Estaremos a ver som!




Muitas experiências foram feitas., inspiradas nesta possibilidade. Um delas é o tubo de Rubens, de que falámos há tempo.

Outros desenhos podem ser feitos com pó ou sal numa superfície dura, que se comporta como limalha de ferro num campo eléctromagnético.

Isto é Cimática e há muitas maneiras de criar performances cimáticas. Este vídeo, criado por Nigel Stanford é impressionante. Não só a imagem é mito boa, como a música.

Disfrutem.


sábado, 13 de dezembro de 2014

FURNITURE MUSIC

Music for a second degree of attention




All commercial music is created to call for our attention. The struggle to survive among the competition calls for all kinds of production weaponry, so that those who make it to the charts are true experts in the art of "Listen to me! Listen to me!".

We already talked about how stupid it is to play this kind of music in public places like restaurants where people don't want this kind of permanent harassment.

A movement against loud music in restaurants in Vancouver, Canada


Great composers and musicians are thinking about this for a long time and a lot of work has been done to create music for a second degree of attention. Music that can be there, making us feel well, without permanently shouting at us.

Eric Satie, the famous french composer, thought about this and talked about Furniture Music in 1917. Mostly, it is a kind of music that blends with the sound of a room or space.

Eric Satie

"We must bring about a music which is like furniture - a music, that is, which will be part of the noises of the environment, will take them into consideration. I think of it as melodious, softening the noises of the knives and forks at dinner, not dominating, not imposing itself."1

Brian Eno is the name that immediately comes to our minds when we talk about this. He released his album "Music for Airports" in 1978, before he moved to NYC. The music is beautiful, but is not meant to be listened to attentively. Its pace and tempo is so slow that it is difficult to follow. That's the whole idea!



This kind of music must not be compared with Musak or pipe music. Musak was a very successful company created by George Squier in 1922. The name comes from Music and Kodak. The company started by piping easy-listening music covers in skyline elevators, which helped distracting people who were afraid of them. This type of music proved to be extremely boring and is being abandoned almost everywhere.

Today, there is a much greater conscience of the noise pollution that the wrong type of music can create and various forms of ambient music are being composed and used in public places.

Some people, like Julian Treasure, believe that the right music is stochastic music, random notes generated by a computer, never repeating the same pattern.

Anyway, times are changing, almost 100 years after Satie's idea.


1. Eric Stie, quoted by Fernand Léger in "Eric Satie", page 232


MÚSICA MOBILIÁRIO

Música para um segundo grau de atenção




Toda a música comercial é criada para chamar a atenção. A luta para sobreviver à concorrência pede um grande arsenal de produção, por isso, aqueles que triunfam até aos tops são verdadeiros especialistas na arte de "Ouve-me! Ouve-me!".

Já falámos de quanto é estúpido tocar este tipo de música em lugares públicos como restaurantes, onde as pessoas não querem este tipo de assédio permanente.

Um movimento contra a música alta nos restaurantes, Vancouver, Canadá
Grandes compositores e músicos têm pensado nisto desde há muito tempo e muito trabalho já foi feito para criar música para um grau de atenção secundário. Música que pode existir, fazendo-nos sentir bem, sem estar permanentemente a gritar-nos.

Eric Satie, o famoso compositor francês, pensou nisto e começou a falar de Furniture Music, música mobiliário, em 1917. Sobretudo, é um tipo de música que se mistura com o som ambiente do espaço.

Erica Satie

"Temos de trazer um tipo de música que seja como mobiliário - uma música, isto é, que fará parte da sonoridade ambiente, que os terá em consideração. Penso nela como sendo melodiosa, esbatendo os sons das facas e garfos ao jantar, sem dominar, sem se impor."1

Brian Eno é o nome que nos vem imediatamente à cabeça quando falamos disto. Lançou o seu álbum "Music for Airports" em 1978, antes de se mudar para Nova Iorque . A música é muito bonita, mas não é criada para ser ouvida com atenção. O seu tempo e cadência são tão lentos que se torna difícil segui-la. Mas é essa a ideia!




Este tipo de música não se pode confundir com Musak ou Pipe Music. Musak foi uma empresa de grande sucesso criada por George Squier em 1922. O nome vem da mistura entre  Music e Kodak. A companhia começou por fornecer covers ligeiros nos elevadores dos arranha-céus, o que ajudava a distrair as pessoas que tinham medo de andar neles. Este tipo de música provou ser extremamente enjoativo e está a ser abandonado em quase todo o lado.

Hoje, existe uma muito maior consciência da poluição que o tipo errado de música pode criar e várias formas de música ambiental são compostas e usadas em espaços públicos.

Algumas pessoas, como Julian Treasure, vão mais longe e acreditam que a música certa é a música estocástica, notas geradas ao acaso por um computador, nunca repetindo o mesmo motivo.

De qualquer modo, os tempos estão a mudar, quase 100 anos depois de Satie.

1. Eric Stie, citado por Fernand Léger em "Eric Satie", pag 232


domingo, 23 de novembro de 2014

DOES THE COMET SING?



Comment about the effect described as singing by the 67P / G-C



Rosetta's Philae on the Comet


We have already talked about sound as a vibration of the atmosphere or other fluid that is audible to Man.

There are lots of different vibrations, some in the magnetic or electric field, for example, but those don't make any sound. But they can be transduced into sound. And that's very different.

When we have a poor and badly isolated sound installation and use dimmers for controlling the lights, we can hear a buzz when we move the dimmer button, i.e., we can hear the AC current frequency that is leaking into our amplifiers. Does this mean that the AC current is singing? I don't think so.

And keep in mind that the AC current frequency is an audible frequency (60Hz-50Hz, depending where you live).

The same happens with sound from outer space. It takes a great deal of wishful thinking to imagine singing in some radio frequencies, when they suffer the same transformation into the frequencies of sound. It's a very romantic thought that those vibrations could be delivering some kind of information.

So the Comet 67P/G-C has some vibrations in the range of 40 to 50 miliihertz. It's a new phenomenon and it happens in the plasma that surrounds it. If we transpose it up to 10.000 times we can hear sounds. But does it emit sound? No.


Comet 67P/G-C

Anyway, the result is still interesting. Just have a listen:



É VERDADE QUE O COMETA CANTA?



Comentário sobre o efeito descrito como cantar emitido pelo cometa 67P / G-C

A Philae pousada no cometa

Já falámos que o som corresponde a uma vibração do ar ou de qualquer outro fluido, audível para o homem.

Há muitas outras vibrações, muitas no campo electro-magnético, por exemplo, mas essas não provocam nenhum som. Mas podem ser traduzidas em som. E isto é muito diferente.

Quando temos uma má e mal isolada instalação sonora e usamos atenuadores para controlar as luzes , conseguimos ouvir um buzz quando movemos esses atenuadores, ou seja, conseguimos ouvir a frequência da corrente eléctrica que entra nos amplificadores. Quer isto dizer que a corrente está a cantar? Não me parece.

E lembrem-se que a corrente eléctrica tem frequências audíveis pelo ser humano (60Hz-50Hz, dependendo de onde vocês vivem).

O mesmo acontece com som vindo do espaço. É preciso um muito boa dose de ingenuidade para imaginar que essas rádio frequências cantam, depois de sofrerem transformações para frequência do espectro sonoro. E é um pensamento muito romântico afirmar que poderiam estar a transmitir alguma informação.

Por isso, o Cometa 67P/G-C tem algumas vibrações na ordem dos 40 a 50 miliihertz. É um novo fenómeno  que acontece no plasma que o cerca. Se as tranpusermos cerca de 10.000 vezes podemos escutar sons. Mas será que emite som? Não.


O Cometa 67P/G-C

Mas o resultado não deixa de ser interessante. Ora ouçam:

sábado, 15 de novembro de 2014

USING YOUR PHONE AT THE MOVIES?



Think twice before you do it





This is a Sound Experience that we created for a campaign for MINI cars.

It all happened at Motelx in Lisbon, a very popular horror film festival, where MINI is the main sponsor.



So, MINI wanted us to do something with sound and, teaming up with Norma Jean, their advertising agency, we decided to play with the spectators and create a cool advert.

We recorded all the dialogue in our studio. A man is answering his phone, as the movie begins and starts talking with no respect for the other spectators.

Everybody in the theatre start complaining and, suddenly...it's better that you watch it by yourselves.


On the technical side, we created a fake movie, which pretends to be the main feature beginning, with its soundtrack, credits and everything.

On the Left Back Surround Channel of Dolby™ 7.1, we placed the sample of the phone ringing and the rude guy talking disturbing the audience. The reaction is immediate.

In the end, a message from MINI: using your phone at the movies or while driving can be dangerous.

In all sessions, there was a big round of applause in the end, something quite rare at the movies.

It's an interesting way of using sound to convey a message.

USA O SEU TELEMÓVEL NO CINEMA?

Pense duas vezes antes de fazê-lo



Esta é uma Sound Experience que criámos para uma campanha da MINI.

Tudo aconteceu no MotelX em Lisboa, um festival de filmes de terror muito popular.



A pedido da MINI e, em equipa com a Norma Jean, a sua agência de publicidade, decidimos brincar com os espectadores e criar um "anúncio" fixe.

Gravámos em estúdio em diálogo telefónico. Um homem atende o telefone, mesmo no início do filme e começa a falar com total falta de respeito pelos outros espectadores.

Toda a gente começa a protestar e, de repente...é melhor verem o video.


No lado técnico, criámos um falso filme, que fingiu ser o filme principal, com a sua banda sonora, créditos e tudo.

No Left Back Surround Channel of Dolby™ 7.1, colocámos a gravação do telefone a tocar e da conversa do espectador malcriado. A reação do público é imediata.

No final, uma mensagem da MINI: usar o seu telefone no cinema ou a conduzir pode ser perigoso.

Em todas as sessões, houve uma ovação no final do anúncio, coisa que raramente acontece.

Uma outra forma de usar o som para transmitir uma mensagem.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Loudness in TV

LKFS, LUFS and LU




Why are commercials so loud on TV? In my country, when the commercial break begins, everybody notices that the volume goes up. But there are rules that state that all commercials must be printed at a certain volume level.

What's the problem, then?

The problem is that, although volume measures the intensity of sound, it doesn't measure the perceived intensity of sound.

Our brain doesn't react to all the sound frequencies in the same way. The middle frequencies affect us much more than the bass and treble ones.

Let's make a simple analogy. Imagine that you are going to drive a car. If you drink, don't drive, it's a common saying.
Now imagine that the law sates that limit of drinking is one liter. Is a liter of water the same as a litter of beer, or wine? Or even whisky?
Of course not. So, the volume of drinks is not a correct measure. The correct one would be the amount of alcohol that affects our ability to drive.

Volume is not the issue


The same happens with sound. We need a new kind of measurement. We call it Loudness. Loudness measurements are weighted in order to let pass the frequencies that are harmless to us ( like water in our example). It also takes the average loudness (RMS) of a programe, so that dynamics will be rewarded.

Some curves are used to weight the several frequencies that affect us the most. One of them is the K curve.
The K curve

LKFS is a loudness unit that was standardized in 2011. L for Loudness, K for K curve weighting, and FS for Full Scale. 1 LKFS equals 1 dB, which makes it easier for everyone of us.
Its measurements are negative, because Full Scale is digital maximum or 0 dB. The ITU uses -23 LKFS as the maximum loudness allowed for a commercial.



In 2010, the European Broadcasting Union created the LUFS. The new feature is that they have a weapon against cheating. As those measurements are average, we could have lots of silent parts and get away with some very loud ones. The LUFS introduces a Gating processor that doesn't count those silent portions of the program. The EBU regulations adopted -23 LUFS for maximum average loudness.


A modern Loudness meter

The differences in Loudness levels are called LU, Loudness Units.

This may seem difficult, but it will be very useful, protecting us, consumers, from loud sound abuse in advertising.

Loudness na TV

LKFS, LUFS e LU




Porque é que os anúncios e as autopromoções soam tão alto na televisão? Em Portugal, quando começa o espaço publicitário, toda a gente repara que o volume dispara. Mas há regras que determinam o volume máximo das bobinas de emissão.

Qual é o problema, então?

O problema é que, embora o volume meça a intensidade do som, ele não mede a intensidade percepcionada por nós.

O nosso cérebro não reage a todas as frequências da mesma forma. As frequências médias afectam-nos muito mais que os graves e os agudos.

Façamos uma analogia simples. Imaginem que vão guiar. Se vai conduzir, não beba, é uma frase conhecida.
Agora, imaginem que a lei diz que o máximo que se pode beber é um litro. Será um litro de água o mesmo que um litro de cerveja ou de vinho? Ou de whisky?
Claro que não. Por isso, o volume de líquido ingerido será uma medida incorrecta. Correcto será conseguir medir o volume de álcool que afecta a nossa capacidade de conduzir.


O volume não é a questão


Com o som acontece o mesmo. Precisamos de um novo tipo de grandeza. Chamamos-lhe Loudness. As medições de Loudness são pesadas deixando passar as frequências que menos nos afectam ( como a água do nosso exemplo ) e penalizam mais as outras ( os whiskys, vinhos, etc.). Também resultam de uma média  (RMS) do programa, por isso a dinâmica sai recompensada. 

Para isso, criaram-se curvas que definem o peso relativo em que cada frequência nos afecta. Uma delas é a curva K.


A curva K

LKFS é uma medida de Loudness que foi implementada em 2011. L de Loudness, K de curva K usada no peso das frequências, e FS de Full Scale, escala completa. 1 LKFS é igual a 1 dB, o que nos facilita a vida a todos.
As suas medições são negativas, porque são relativas ao máximo digital ou escala completa que é 0 dB. A ITU usa -23 LKFS como o máximo Loudness para um anúncio.



Em 2010, a European Broadcasting Union tinha criado a LUFS. A diferença é que estes têm uma arma contra a batota. Com estas grandezas medem a média em todo o programa, era fácil criar bocados de silêncio para ter direito a outros aos gritos. A escala LUFS introduz um processor de Gating que não conta com esses silêncios. A EBU regula que o máximo para uma anúncio será também de -23 LUFS.


Um moderno Loudness meter

As diferenças de níveis de Loudness são medidas em  LU, Loudness Units.

Isto pode parecer mais difícil, mas será muito útil ao proteger-nos, consumidores, contra o abuso do som alto na publicidade.

domingo, 19 de outubro de 2014

THE SILENT HOUSE


When silence becomes too much





Andy Pollack is an American architect with experience in the sound proofing domain.

Once, he had a client who hired him to design a big house in Long Island.

This client was a fanatic about silence, so he told the architect to do everything he could to create the most silent house of the World.

Sound proofing consultants were hired to reinforce the noise-abatement properties of the building.

A small fortune was spent with that specific purpose.

The walls were built in a way similar to studio walls, avoiding any contact between them. They stood on rubber to isolate from the ground. Especial cement was prepared with mineral fiber.

There was a media room in the basement. Its structure didn't touch anything, a room within a room, with floating floor and isolated ceiling.

All the air conditioning ducts had to be dampened so that there was no air connection between rooms. Special doors were built. Also, double windows completely insulated.

And much more.

When the client finally entered his brand new house, he called Andy and said: "I hear a Hum! I her a Hum!"

So, more work went into the house to further insulate the already insulated air condition machines.

The Hum was still there. Then the blame was on the computer, which mainframe was completely sound proofed already.

The Hum was still there. What was the problem, then?

Well we are born listening to sound and with the ability to look for it and live with it. In the absence of any sound source, our ears begin become unstable.

Experts call it "spontaneous auto-acoustic emissions". In an excessive silent place our ears start creating vibrations. And we hear a Hum.

So, the pursuit o complete silence might not be a very good idea, after all.

Ref: "In Pursuit of Silence", George Prochnick, pages 189-195


A CASA SILENCIOSA


Quando o silêncio se torna demasiado



Andy Pollack é um arquitecto americano com experiência no domínio do isolamento sonoro.

Uma vez, teve um cliente que lhe pediu para desenhar uma enorme casa em Long Island.

Este cliente era um fanático do silêncio, por isso disse ao arquitecto para não poupar recursos na criação da casa mais silenciosa do Mundo. 

Foram requisitados outros consultores especialistas em isolamento sonoro para reforçar as propriedades de impermeabilidade ao ruído do edifício.

Foi gasta uma fortuna com este propósito.

As paredes foram construídas de uma forma muito semelhante às paredes de um estúdio de som, evitando qualquer contacto entre elas. Assentavam todas num tapete de borracha para isolá-las do chão. Um cimento especial foi preparado misturado com fibras minerais.

Estava previsto um espaço multimédia na cave. A sua estrutura era de um casa dentro de uma casa, sem tocar em nada, chão flutuante e isolamento total do tecto.

Todas as condutas de ar condicionado foram silenciadas para que não houvesse ligação entre o ar que circulava entre salas. Portas especiais à prova de som foram instaladas. Assim como janelas de vidro duplo totalmente isoladas.

E muito mais.

Quando o cliente se mudou para  a sua nova casa, telefonou ao arquitecto e disse: "Oiço um  Hum! Oiço um Hum!"

Então, mais trabalho foi feito na casa para isolar ainda mais as, já isoladas, máquinas de ar condicionado.

Hum continuava. Então a culpa recaiu sobre o computador, cuja CPU já tinha sido totalmente isolada.

O Hum continuava. Qual era o problema, então?

Todos nós nascemos rodeados de som e com a nossa capacidade de o procurar e identificar. Na ausência de qualquer fonte sonora, os nosso ouvidos tornam-se instáveis.

Os especialistas chama-lhe "Auto-emissões acústicas espontâneas". Em total silêncio, os nossos ouvidos começam a gerar vibrações de várias frequências. Daí o Hum.

Por isso, a procura de um silêncio total não parece ser um boa ideia, no fim de contas.

Ref: "In Pursuit of Silence", George Prochnick, pags 189-195

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

THE NUMBER 8


Why do most of the popular compositions have 8 bars?


The human brain wasn't born to count bars. Most people don't even know how to do it. But, from the early days of the classical period of music, the 8 bar rule is almost never broken.

The Rondo A la Turca from W. A. Mozart is a good example. It's a sequence of simple melodies that change every 8 bars.




Another example, two centuries later, "Summertime", by George Gershwin, is the same.




Metallica, Dylan, Queen, Springsteen, U2, you name it, all popular songwriters create 8 bar melodies. All but the "Blues" that use 12 bars.

But music is also made of surprises and it takes a special talent to break the rules and our expectations. And when we hear something we don't expect, we gain interest.

One exception is one of the most played songs ever: "Yesterday" by Lennon and Mcartney.

Its melody has only 7 bars. Still it feels so familiar, we almost don't notice it because we've heard it hundreds of times. Just check it out:




Cool, isn't it?

O NÚMERO 8

Porque é que todas as canções populares têm 8 compassos?


O nosso cérebro não nasceu para contar compassos. A maioria das pessoas nem sequer sabe como fazê-lo. Mas, desde os primórdios do período clássico da música, a regra dos 8 compassos quase nunca foi quebrada.

O "Rondo Alla Turca" de W. A. Mozart pode servir de exemplo. É uma sequência de melodias simples que mudam a cada 8 compassos.




Com o "Summertime", 2 séculos depois, de George Gershwin, acontece o mesmo.




Metallica, Dylan, Queen, Springsteen, U2, enfim, todas as bandas e compositores populares,  criam melodias com 8 compassos. Os "Blues" não entram nesta lista porque têm todos 12 compassos.


Mas a música também é feita de surpresas e é preciso um talento extraordinário para se quebrarem as regras com sucesso. E quando ouvimos algo que não estamos à espera, aguça o nosso interesse.

E uma excepção é uma das canções mais tocadas de sempre: "Yesterday" de Lennon e Mcartney.

A sua melodia só tem 7 compassos. Mesmo assim parece tão familiar, nós mal damos por isso porque já a ouvimos centenas de vezes.  Provavelmente é esta pequena diferença que fez dela um Hit gigantesco e intemporal. Verifiquem vocês:




Fixe, não é?

sábado, 27 de setembro de 2014

Ten thousand viewers in less than a year!


I started this blog almost one year ago.

When I decided to go for it, I didn't know if I would be able to create enough content to keep it rolling, whether I would have time for it, or if people would pay attention to what I wanted to write about.

My friends told me: "Don't start one, if you feel you can't commit."

The outcome surprised me. After a shy start, The Sound Adventure went out of my country's frontiers and started spreading slowly through the sound community.

4 925 came from Portugal, 2 523 from the US, 517 from Germany, 361 from Brazil, 261 from India, 231 from Russia, 126 from Thailand, 96 from Ukraine, 85 from the UK and 84 from France, those are the Blogger's statistics.

That's, essentially, what I was interested in. 

I built  bonds with some of the more interesting researchers throughout the World. People like Bernie Krause, Simon Forrester, Marc Anderson, my friend Julian Treasure, George Prochnick, David Lefty, David Hendy, Priscilla Laud, Sushei Hosokawa, James Lastra, Roger T. Clarke, Trevor Cox, David Toop, Daniel J. Levitin and many others inspired my thoughts and I hope I was able to properly deliver their remarkable work to you.

I started a Facebook page, also called the Sound Adventure. Some of my friends and others felt like posting interesting stuff by themselves. It was really wonderful!

My aim is to go on forward, with your support as readers, my main motivation, sharing our common passion for sound and music.

Thank you very much for being around, clicking and spreading the word.

Manuel Faria


Dez mil visitas em menos de um ano


Comecei este blog há menos de um ano.

Quando tudo aconteceu, eu não sabia se iria conseguir criar conteúdos suficientes para o mater activo, se teria tempo para isso, ou se as pessoas se iriam interessar por aquilo que eu queria escrever.

O resultado surpreendeu-me. Depois de um começo tímido, The Sound Adventure saiu das fronteiras do meu País e começou a espalhar-se lentamente pela comunidade do som.

4 925 foram de Portugal, 2 523 do Estados Unidos, 517 da Alemanha, 361 do Brasil, 261 da Índia, 231 da Rússia, 126 da Tailândia, 96 da Ucrânia, 85 do Reunio Unido e 84 da França, são as estatísticas do Blogger.

Isto era, basicamente, o que eu desejava .Criei laços com alguns dos mais interessantes investigadores na área sonora em todo o Mundo. Pessoas como Bernie Krause, Simon Forrester, Marc Anderson, my friend Julian Treasure, George Prochnick, David Lefty, David Hendy, Priscilla Laud, Sushei Hosokawa, James Lastra, Roger T. Clarke, Trevor Cox, David Toop, Daniel J. Levitin inspiraram a minha escrita e espero ter trazido com êxito o seu trabalho até vocês.

Entretanto, criei uma página de Facebook, também chamada The Sound Adventure, onde amigos meus e outras pessoas se sentiram com vontade de colocar coisas interessantes também. Foi fantástico!

A minha intenção é continuar em frente, com o vosso apoio como leitores, meu estímulo principal, partilhando a nossa paixão comum pelo som e pela música.

Manuel Faria

Muito obrigado a todos por estarem por aí, clicando e espalhando a palavra.