domingo, 19 de outubro de 2014

THE SILENT HOUSE


When silence becomes too much





Andy Pollack is an American architect with experience in the sound proofing domain.

Once, he had a client who hired him to design a big house in Long Island.

This client was a fanatic about silence, so he told the architect to do everything he could to create the most silent house of the World.

Sound proofing consultants were hired to reinforce the noise-abatement properties of the building.

A small fortune was spent with that specific purpose.

The walls were built in a way similar to studio walls, avoiding any contact between them. They stood on rubber to isolate from the ground. Especial cement was prepared with mineral fiber.

There was a media room in the basement. Its structure didn't touch anything, a room within a room, with floating floor and isolated ceiling.

All the air conditioning ducts had to be dampened so that there was no air connection between rooms. Special doors were built. Also, double windows completely insulated.

And much more.

When the client finally entered his brand new house, he called Andy and said: "I hear a Hum! I her a Hum!"

So, more work went into the house to further insulate the already insulated air condition machines.

The Hum was still there. Then the blame was on the computer, which mainframe was completely sound proofed already.

The Hum was still there. What was the problem, then?

Well we are born listening to sound and with the ability to look for it and live with it. In the absence of any sound source, our ears begin become unstable.

Experts call it "spontaneous auto-acoustic emissions". In an excessive silent place our ears start creating vibrations. And we hear a Hum.

So, the pursuit o complete silence might not be a very good idea, after all.

Ref: "In Pursuit of Silence", George Prochnick, pages 189-195


A CASA SILENCIOSA


Quando o silêncio se torna demasiado



Andy Pollack é um arquitecto americano com experiência no domínio do isolamento sonoro.

Uma vez, teve um cliente que lhe pediu para desenhar uma enorme casa em Long Island.

Este cliente era um fanático do silêncio, por isso disse ao arquitecto para não poupar recursos na criação da casa mais silenciosa do Mundo. 

Foram requisitados outros consultores especialistas em isolamento sonoro para reforçar as propriedades de impermeabilidade ao ruído do edifício.

Foi gasta uma fortuna com este propósito.

As paredes foram construídas de uma forma muito semelhante às paredes de um estúdio de som, evitando qualquer contacto entre elas. Assentavam todas num tapete de borracha para isolá-las do chão. Um cimento especial foi preparado misturado com fibras minerais.

Estava previsto um espaço multimédia na cave. A sua estrutura era de um casa dentro de uma casa, sem tocar em nada, chão flutuante e isolamento total do tecto.

Todas as condutas de ar condicionado foram silenciadas para que não houvesse ligação entre o ar que circulava entre salas. Portas especiais à prova de som foram instaladas. Assim como janelas de vidro duplo totalmente isoladas.

E muito mais.

Quando o cliente se mudou para  a sua nova casa, telefonou ao arquitecto e disse: "Oiço um  Hum! Oiço um Hum!"

Então, mais trabalho foi feito na casa para isolar ainda mais as, já isoladas, máquinas de ar condicionado.

Hum continuava. Então a culpa recaiu sobre o computador, cuja CPU já tinha sido totalmente isolada.

O Hum continuava. Qual era o problema, então?

Todos nós nascemos rodeados de som e com a nossa capacidade de o procurar e identificar. Na ausência de qualquer fonte sonora, os nosso ouvidos tornam-se instáveis.

Os especialistas chama-lhe "Auto-emissões acústicas espontâneas". Em total silêncio, os nossos ouvidos começam a gerar vibrações de várias frequências. Daí o Hum.

Por isso, a procura de um silêncio total não parece ser um boa ideia, no fim de contas.

Ref: "In Pursuit of Silence", George Prochnick, pags 189-195

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