domingo, 23 de novembro de 2014

DOES THE COMET SING?



Comment about the effect described as singing by the 67P / G-C



Rosetta's Philae on the Comet


We have already talked about sound as a vibration of the atmosphere or other fluid that is audible to Man.

There are lots of different vibrations, some in the magnetic or electric field, for example, but those don't make any sound. But they can be transduced into sound. And that's very different.

When we have a poor and badly isolated sound installation and use dimmers for controlling the lights, we can hear a buzz when we move the dimmer button, i.e., we can hear the AC current frequency that is leaking into our amplifiers. Does this mean that the AC current is singing? I don't think so.

And keep in mind that the AC current frequency is an audible frequency (60Hz-50Hz, depending where you live).

The same happens with sound from outer space. It takes a great deal of wishful thinking to imagine singing in some radio frequencies, when they suffer the same transformation into the frequencies of sound. It's a very romantic thought that those vibrations could be delivering some kind of information.

So the Comet 67P/G-C has some vibrations in the range of 40 to 50 miliihertz. It's a new phenomenon and it happens in the plasma that surrounds it. If we transpose it up to 10.000 times we can hear sounds. But does it emit sound? No.


Comet 67P/G-C

Anyway, the result is still interesting. Just have a listen:



É VERDADE QUE O COMETA CANTA?



Comentário sobre o efeito descrito como cantar emitido pelo cometa 67P / G-C

A Philae pousada no cometa

Já falámos que o som corresponde a uma vibração do ar ou de qualquer outro fluido, audível para o homem.

Há muitas outras vibrações, muitas no campo electro-magnético, por exemplo, mas essas não provocam nenhum som. Mas podem ser traduzidas em som. E isto é muito diferente.

Quando temos uma má e mal isolada instalação sonora e usamos atenuadores para controlar as luzes , conseguimos ouvir um buzz quando movemos esses atenuadores, ou seja, conseguimos ouvir a frequência da corrente eléctrica que entra nos amplificadores. Quer isto dizer que a corrente está a cantar? Não me parece.

E lembrem-se que a corrente eléctrica tem frequências audíveis pelo ser humano (60Hz-50Hz, dependendo de onde vocês vivem).

O mesmo acontece com som vindo do espaço. É preciso um muito boa dose de ingenuidade para imaginar que essas rádio frequências cantam, depois de sofrerem transformações para frequência do espectro sonoro. E é um pensamento muito romântico afirmar que poderiam estar a transmitir alguma informação.

Por isso, o Cometa 67P/G-C tem algumas vibrações na ordem dos 40 a 50 miliihertz. É um novo fenómeno  que acontece no plasma que o cerca. Se as tranpusermos cerca de 10.000 vezes podemos escutar sons. Mas será que emite som? Não.


O Cometa 67P/G-C

Mas o resultado não deixa de ser interessante. Ora ouçam:

sábado, 15 de novembro de 2014

USING YOUR PHONE AT THE MOVIES?



Think twice before you do it





This is a Sound Experience that we created for a campaign for MINI cars.

It all happened at Motelx in Lisbon, a very popular horror film festival, where MINI is the main sponsor.



So, MINI wanted us to do something with sound and, teaming up with Norma Jean, their advertising agency, we decided to play with the spectators and create a cool advert.

We recorded all the dialogue in our studio. A man is answering his phone, as the movie begins and starts talking with no respect for the other spectators.

Everybody in the theatre start complaining and, suddenly...it's better that you watch it by yourselves.


On the technical side, we created a fake movie, which pretends to be the main feature beginning, with its soundtrack, credits and everything.

On the Left Back Surround Channel of Dolby™ 7.1, we placed the sample of the phone ringing and the rude guy talking disturbing the audience. The reaction is immediate.

In the end, a message from MINI: using your phone at the movies or while driving can be dangerous.

In all sessions, there was a big round of applause in the end, something quite rare at the movies.

It's an interesting way of using sound to convey a message.

USA O SEU TELEMÓVEL NO CINEMA?

Pense duas vezes antes de fazê-lo



Esta é uma Sound Experience que criámos para uma campanha da MINI.

Tudo aconteceu no MotelX em Lisboa, um festival de filmes de terror muito popular.



A pedido da MINI e, em equipa com a Norma Jean, a sua agência de publicidade, decidimos brincar com os espectadores e criar um "anúncio" fixe.

Gravámos em estúdio em diálogo telefónico. Um homem atende o telefone, mesmo no início do filme e começa a falar com total falta de respeito pelos outros espectadores.

Toda a gente começa a protestar e, de repente...é melhor verem o video.


No lado técnico, criámos um falso filme, que fingiu ser o filme principal, com a sua banda sonora, créditos e tudo.

No Left Back Surround Channel of Dolby™ 7.1, colocámos a gravação do telefone a tocar e da conversa do espectador malcriado. A reação do público é imediata.

No final, uma mensagem da MINI: usar o seu telefone no cinema ou a conduzir pode ser perigoso.

Em todas as sessões, houve uma ovação no final do anúncio, coisa que raramente acontece.

Uma outra forma de usar o som para transmitir uma mensagem.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Loudness in TV

LKFS, LUFS and LU




Why are commercials so loud on TV? In my country, when the commercial break begins, everybody notices that the volume goes up. But there are rules that state that all commercials must be printed at a certain volume level.

What's the problem, then?

The problem is that, although volume measures the intensity of sound, it doesn't measure the perceived intensity of sound.

Our brain doesn't react to all the sound frequencies in the same way. The middle frequencies affect us much more than the bass and treble ones.

Let's make a simple analogy. Imagine that you are going to drive a car. If you drink, don't drive, it's a common saying.
Now imagine that the law sates that limit of drinking is one liter. Is a liter of water the same as a litter of beer, or wine? Or even whisky?
Of course not. So, the volume of drinks is not a correct measure. The correct one would be the amount of alcohol that affects our ability to drive.

Volume is not the issue


The same happens with sound. We need a new kind of measurement. We call it Loudness. Loudness measurements are weighted in order to let pass the frequencies that are harmless to us ( like water in our example). It also takes the average loudness (RMS) of a programe, so that dynamics will be rewarded.

Some curves are used to weight the several frequencies that affect us the most. One of them is the K curve.
The K curve

LKFS is a loudness unit that was standardized in 2011. L for Loudness, K for K curve weighting, and FS for Full Scale. 1 LKFS equals 1 dB, which makes it easier for everyone of us.
Its measurements are negative, because Full Scale is digital maximum or 0 dB. The ITU uses -23 LKFS as the maximum loudness allowed for a commercial.



In 2010, the European Broadcasting Union created the LUFS. The new feature is that they have a weapon against cheating. As those measurements are average, we could have lots of silent parts and get away with some very loud ones. The LUFS introduces a Gating processor that doesn't count those silent portions of the program. The EBU regulations adopted -23 LUFS for maximum average loudness.


A modern Loudness meter

The differences in Loudness levels are called LU, Loudness Units.

This may seem difficult, but it will be very useful, protecting us, consumers, from loud sound abuse in advertising.

Loudness na TV

LKFS, LUFS e LU




Porque é que os anúncios e as autopromoções soam tão alto na televisão? Em Portugal, quando começa o espaço publicitário, toda a gente repara que o volume dispara. Mas há regras que determinam o volume máximo das bobinas de emissão.

Qual é o problema, então?

O problema é que, embora o volume meça a intensidade do som, ele não mede a intensidade percepcionada por nós.

O nosso cérebro não reage a todas as frequências da mesma forma. As frequências médias afectam-nos muito mais que os graves e os agudos.

Façamos uma analogia simples. Imaginem que vão guiar. Se vai conduzir, não beba, é uma frase conhecida.
Agora, imaginem que a lei diz que o máximo que se pode beber é um litro. Será um litro de água o mesmo que um litro de cerveja ou de vinho? Ou de whisky?
Claro que não. Por isso, o volume de líquido ingerido será uma medida incorrecta. Correcto será conseguir medir o volume de álcool que afecta a nossa capacidade de conduzir.


O volume não é a questão


Com o som acontece o mesmo. Precisamos de um novo tipo de grandeza. Chamamos-lhe Loudness. As medições de Loudness são pesadas deixando passar as frequências que menos nos afectam ( como a água do nosso exemplo ) e penalizam mais as outras ( os whiskys, vinhos, etc.). Também resultam de uma média  (RMS) do programa, por isso a dinâmica sai recompensada. 

Para isso, criaram-se curvas que definem o peso relativo em que cada frequência nos afecta. Uma delas é a curva K.


A curva K

LKFS é uma medida de Loudness que foi implementada em 2011. L de Loudness, K de curva K usada no peso das frequências, e FS de Full Scale, escala completa. 1 LKFS é igual a 1 dB, o que nos facilita a vida a todos.
As suas medições são negativas, porque são relativas ao máximo digital ou escala completa que é 0 dB. A ITU usa -23 LKFS como o máximo Loudness para um anúncio.



Em 2010, a European Broadcasting Union tinha criado a LUFS. A diferença é que estes têm uma arma contra a batota. Com estas grandezas medem a média em todo o programa, era fácil criar bocados de silêncio para ter direito a outros aos gritos. A escala LUFS introduz um processor de Gating que não conta com esses silêncios. A EBU regula que o máximo para uma anúncio será também de -23 LUFS.


Um moderno Loudness meter

As diferenças de níveis de Loudness são medidas em  LU, Loudness Units.

Isto pode parecer mais difícil, mas será muito útil ao proteger-nos, consumidores, contra o abuso do som alto na publicidade.