sábado, 26 de abril de 2014

TALKING DRUMS

Communicating in distance with sound

Yoruba Talking Drum


In most African and Asian languages, the meaning of a word depends a lot on its intonation. Same words can mean very different things when pronounced in certain ways.

The Yoruba people, from Nigeria, specialized in transforming the spoken word into different tones played by a special kind of drum, that could mimmic some sounds of the human voice. They were called Talking Drums.

The Talking Drum has an hourglass shape and is beaten with a stick. The tension in the drumheads can be manipulated by the player so that he can play the prosody of human speech.

The TalkingDrum's sound can travel up to 5 miles, so villages apart can communicate complex information. They can organize a surprise attack, a marriage party, or warn for any kind of danger. 

Sound provides a meaning of us "touching" at distance, explains David Hendy, an author and  BBC journalist 1.

Here's a beautiful sample of a Talking Drum message:

"Make the drum strong; strengthen your legs, spear, shaft and head,and the noise of moving feet, think not to run away"2

This makes us think of a time, where there were not mature languages and man used a mix if speech and music, "Musilanguage" in David Hendy's words, creating a kind of a social glue, which can be compared to the today's teenagers mobile texting.

David Hendy


In fact, going even farther into the animal kingdom, we can find species of monkeys, like the African Vervet Monkeys that use sound in a very elaborate and complex way. Those animal calls can communicate the precise type of predator or other threat with great accuracy.

African Vervet Monkey


Getting back to the Talking Drums, their rhythm across the African plains create a synchronous effect called "entrainment", putting all men in the same mood, heart-beat and reinforcing the cohesion between distant tribes.

1 Ref, David Hendy, "Noise, a human history of sound & listening", pages 12, 13

2 Ref: Roger T. Clarke "The drum language of the Tumba people", page 39

TALKING DRUMS

Comunicando à distância com som

Talking Drum Yoruba


Na maioria das línguas africanas e asiáticas, o significado das palavras depende muito da sua entoação. A mesma palavra pode significar coisas muito diferentes, se pronunciada de maneiras diversas.

O povo Yoruba , oriundo da Nigéria, especializou-se em transformar a linguagem falada em diferentes tonalidades tocadas por um tambor especial, que conseguia imitar certos sons da voz humana. Estes tambores foram, justamente, chamados Tambores Falantes ou Talking Drums.

Têm a forma de uma ampulheta e são percutidos por um pau. A tensão nas peles pode ser manipulada pelo instrumentista de forma a conseguir repetir a prosódia da linguagem humana.

O som do Talking Drum pode atingir 8 quilómetros, por isso, aldeias distantes podem transmitir informação bastante complexa. Podem organizar um ataque surpresa, convidar para um casamento, ou avisar qualquer tipo de ameaça ou perigo. 

O som, assim, permite que nos "toquemos" à distância, explica David Hendy, um autor e jornalista da BBC 1.

David Hendy


Aqui segue uma belíssima mensagem em Talking Drum:

"Torna o Tambor forte; reforça as tuas pernas, lança, flechas e cabeça, e também o som dos pés movendo-se, não penses em fugir" 2

Isto faz-nos lembrar um tempo em que não existiam linguagens maduras e o Homem usava uma mistura de fala e música, "Musilanguage" nas palavras de David Hendy, criando uma espécie de cola social, que pode ser comparada às mensagens móveis de texto dos nossos adolescentes.

De facto, indo ainda mais longe no reino animal, conseguimos encontrar espécies de macacos, como os macacos Vervet Africanos, que usam o som de uma forma muito elaborada e complexa. Os chamamentos destes animais conseguem comunicar o exacto tipo de predador ou outra qualquer ameaça com grande precisão.

Macaco Vervet Africano


Voltando aos Talking Drums, os seus ritmos através das planícies africanas cria uma efeito de sincronismo a que chamamos "entrainment" ou arrastamento, colocando todos os homens na mesma onda, incluindo o ritmo cardíaco e reforçando a coesão entre tribos distantes.

1 Ref, David Hendy, "Noise, a human history of sound & listening", pags 12, 13

2 Ref: Roger T. Clarke "The drum language of the Tumba people", pag 39

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